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A fina
garoa caia sobre a grama verdinha do jardim dos fundos, eu estava encostada na
madeira tingida de branco, observando e sentindo as finas lágrimas escorrerem
pelo meu rosto. Sinto meu coração bater em ritmo fraco, é a pior sensação que
eu já senti na minha vida, não poder abraçar aquele que quer, ou dizer um
simples “eu te amo”.
Sei que
foi um grande erro tê-lo deixando entrar naquele carro no meio da noite, mas
ele morreu me amando, e isso minimiza parte da dor que eu sinto por dentro...
Mas não toda ela, o resto é domado pelo desespero de procurá-lo na cama e só
encontrar lençóis vazios e gelados, ali apresentando apenas o seu cheiro.
Nas
noites frias ele costumava me abraçar forte, dizer que me amava e que um dia
iria casar comigo, mas seus planos nunca deram certos e por fim aqui estou eu,
sendo escrava da minha própria dor, sendo escrava de algo que não existe mais,
e algo que agora voltou a ser apenas pó.
Ele se
tornou uma parte de mim, e infelizmente eu tive que deixá-la ir, mas ele
voltará, para me levar com ele, para um lugar onde nada de ruim aconteça, onde
tudo seria perfeito, onde tudo daria certo, coisas que não acontecem aqui, bem
ao contrário, tudo o que é bom passa, e passa muito rápido.
Quando
termino esse discurso mental percebo que as lágrimas eram demais para meus
olhos, mas eu não tinha capacidade nenhuma de fazê-las parar, por que era uma
forma de jogar tudo pra fora, mas em questão de segundos tudo voltava, e eu me
sentia cada vez pior.
A frase
“ele havia ido” não saia da minha cabeça por momento algum, eu sentia que
haviam retirado uma parte de mim, e por isso, agora eu me tornará fraca, fraca
ao ponto de não conseguir mais chorar, mas elas viam sem fazer esforço mental
ou físico.
Tudo em
volta de mim parecia congelado, e o único ser em movimento era eu, porém quando
eu caio de joelhos sobre a grama molhada, sinto que até eu mesma paro, e apenas
os meus olhos se movem, meus ouvidos param de escutar, e partir dali, eu ó
escutava as batidas fracas do meu coração.
Fecho os
olhos na tentativa de esquecer-se de tudo, na esperança de ter uma amnésia
instantânea, mas não, meus olhos se abrem automaticamente, e então uma luz
branca os atinge, pisco várias vezes e tento me levantar, sinto algo puxar as
minhas mãos, estremeço sentindo o toque macio das mãos do ser que segura às
mesmas.
- Abra
seus olhos. – A pessoa diz, e lentamente eu abro meus olhos, me forme que
percebo que quem me segurava era ele, e enquanto eu arfei, pude ver nos seus
olhos, que ele voltaria.
***
Acabo
acordando com o barulho alto do som do vizinho, no qual percebo que estava
deitada na minha cama, porém a única coisa que me lembrava era que eu estava
deitada na grama molhada, eu coço meus olhos enquanto eu olhava a janela, toda
borrada pela força das gotas da chuva, o seu chorava, e meu coração também...
Levanto-me,
olho em volta, o quarto parecia ser o mesmo, porém, algo parecia fora do lugar;
caminho até o banheiro, fecho a porta enquanto olhava meu reflexo no espelho,
eu suspiro fechando meus olhos, e quando os abro, tenho certeza que havia visto
seus olhos, seus lindos olhos verdes, que por outras vezes pareciam azuis,
azuis como água cristalina.
-
Definitivamente – Digo sozinha. –, Estou ficando maluca. – Naquele momento eu
não conseguia mais chorar, tanto é que pensei que as lágrimas haviam ido embora
ou simplesmente se secaram, porém naquela noite mais tarde, elas voltaram, me
fazendo me sentir cada vez mais inútil ou talvez fracassada.
Quando a
chuva parecia ter dado uma trégua eu estava sentada no para-peito eu olhava pra
baixo enquanto sentia as lágrimas invadirem meus olhos novamente, eu ainda não
havia entendido dele ter ido embora completamente da minha vida, é tão ruim
perder quem você ama.
Fungo
enquanto a chuva começava a se tornar cada vez mais forte, eu pulo do
para-peito até tocar o chão novamente, eu caminho até minha cama, sento-me e
agarro meus joelhos, meus olhos ardiam de tanto chorar, eu não sei qual o
motivo que nós humanos choramos, afinal, se até hoje não encontramos um real
conceito para dor, por que chorar então?
Uma
maneira de tentar se livrar da dor, porém ela avança cada vez mais e acaba te
dominando por completo.
Escuto
um barulho vindo de baixo, me tirando o transe, enquanto secava as lágrimas
abria a porta, desço as escadas rapidamente e abro a porta da cozinha, meus
olhos ardem, não poderia ser real, aquilo não era real...
As
batidas do meu coração se descompassam enquanto eu não tinha nenhuma reação, eu
pisco fortemente meus olhos, minha visão era embaçada, talvez fosse isso, mas eu
conseguia enxergá-lo nitidamente, eu gaguejo algumas palavras enquanto ele se
aproximava eu caio agarrada aos meus joelhos enquanto eu sentia tocar meus
ombros, apesar de querer muito tê-lo de volta, era uma coisa impossível de se
acontecer.
Eu
respiro fundo enquanto tentava abrir meus olhos, ele estava luminoso, e
enquanto ele tocava meu outro ombro eu criei coragem em dizer o seu nome.
- Louis?
– Eu pergunto e escuto um trovão alto vindo de fora, eu tremo.
-
Abra... – Ele diz. – Abra seus olhos Alysson, e antes de nada, nada é
impossível. – Eu respiro fundo, tentando criar forças e então eu consigo,
consigo abrir meus olhos.
-
Alysson! Acorda! – Uma voz ecoa sobre meus ouvidos, abro meus olhos
instantaneamente, salto da cama, eu tomei um susto vindo da minha mãe.
- Mãe! –
Exclamo aquele não o melhor meio de se acordar alguém.
- Me
desculpe Alysson, você estava novamente falando sozinha, e eu não consegui te
acordar, então eu gritei.
- Ótimo,
mãe, ótimo. – Respondi rispidamente, enquanto caia sobre as nuvens mais
conhecidos com coxões de água.
- Eu só
vim pra saber como você estava Aly... – Ela diz.
- Mãe,
fica calma, ta tudo bem... – Respondo me enfiando debaixo das cobertas, ainda
quentes pelo calor do meu corpo.
- Eu vou
fazer seu café da manhã. – Ela comentou, tentando fugir do assunto, por que ela
deve saber que eu ainda não estou bem fisicamente e muito menos mentalmente
para falar sobre ele, e sobre aquele funeral que arrancou lágrimas do profundo
dos meus olhos.
- Mãe,
isso não é necessário, eu sei me virar sozinha. – Digo enquanto sentava-me na
cama, em constante movimento.
- Eu sei
que sabe... Mas eu quero. – Ela diz convectiva, evapora do quarto tão rápido
quanto entrou.
Por
alguns minutos o quarto continua silencioso, dês da ultima palavra dita, o
único som que apresentava era da minha respiração, no qual era fraca, eu fecho
meus olhos, sentindo-os arder, acabo me lembrando daquele sonho, ou talvez
pesadelo, eu não sei o que isso queria dizer, mas... Mas... Por quê?
Segundos
depois que tenho esse pensamente insano, eu caminho até o banheiro
gradativamente, faço a minha higiene enquanto aquelas palavras não saiam da
minha cabeça, era a pior forma de eu lembrar ele, por que... Por mais que seja
um sonho, parecia ser real.
Um
moletom cobria a minha pele do frio que se alojava no andar de baixo. Caminho
até a cozinha, minha mãe lá estava, a beira do fogão, sento-me lentamente a
mesa, ainda pensando, porém quando ouço minha mãe me chamar, saiu do tranze,
vendo panquecas na minha frente, por mais eu amasse panquecas, aquela não era
uma boa hora para elas.
***
Mais
tarde naquela manhã, depois que minha mãe foi resolver algumas coisas enquanto
eu apenas assistia algo na televisão, a campainha toca, eu não tinha o mínimo
desejo de levantar-me e me direcionar a porta, porém, após reconhecer aquela
voz, meu corpo pula “animadamente” enquanto eu corria para abrir a porta.
- Niall!
– Exclamo já sentindo o envolvimento de seus braços em torno da minha cintura.
- Olá
menina sonhadora. – Era assim que ele me chamava, apesar de deixá-lo me chamar
assim, eu não entendia a causa.
- Que
bom que veio. – Digo enquanto nos soltamos.
- Eu não
estou lidando bem com isso, imagino que você também não. – Ele fecha a porta,
fazendo o mínimo de barulho possível.
- É você
está correto, não tem sido possível controlar minhas lágrimas. – As palavras
saem da minha boca enquanto caminho até o sofá e sento-me sobre o mesmo.
- Eu
sinto muito Alysson, a culpa não é de ninguém, muito menos sua... – Ele me
abraça pela cintura.
- Niall,
a culpa é minha, e não há nada que eu possa fazer para mudar o meu passado,
muito presente. – Sinto pena de mim mesma, lamentando-me por dentro a cada
palavra que saiu da minha boca.
- Não
repita isso novamente –, Niall disse. – A culpa não é sua, ela não pertence a
ninguém. – Ele finaliza.
- Pena
que eu penso muito diferente... Niall, se não importa eu não prefiro comentar a
respeito disso. – Escuto minha própria voz se tornar embargada, não é fácil,
para ninguém sentir o que eu sinto.
Niall
assentiu, enquanto carrega seus pulmões de ar para falar novamente.
- Sabe
por que eu a chamo de garota sonhadora? – Ele pergunta, meu rosto é carregado
por curiosidade, sempre quis saber, mas nunca consegui perguntar.
- Por
quê? – Pergunto erguendo meus olhos aos seus, casualmente parecidos com os de
Louis.
- Por
que eu sempre acreditei que você pudesse transformar a dor em esperança...
Todas as vezes que eu subia para meu quarto, angustiado com qualquer coisa
repentina do dia-a-dia, e eu via você do outro lado da janela, escutando os
gritos vindos do andar de baixo, toda encolhida atrás da porta, chorando cada
vez mais, eu via uma garota triste, porém eu sabia que sua felicidade estava
escondida em algum lugar aqui. – Niall aponta a meu peito, onde nossos corações
batem. – E quando você me viu escondido na janela te observando chorar, invés
de se esconder de mim, você não o fez, você abriu um grande sorriso, a ver que
a partir dali nós nunca nos separaríamos um do outro... E eu sempre acreditei
que você pudesse transformar a dor em esperança. – Ele repete a frase, eu sinto
meu rosto completamente encharcado, quando Niall me viu pela primeira vez
chorando eu não era bem uma filha pra lá de especial ou perfeita, eu apenas
fazia as coisas do meu jeito, ignorando qualquer outra solução vinda de outra
pessoa que não fosse eu própria. Naquele mesmo ano, meus pais assinaram alguns
papéis relacionados ao divorcio, e até hoje, eu me sinto culpada pelo mau
desempenho na relação deles. – E... Quando eu a vejo assim, eu sinto necessidade
de fazê-la sorrir... Nem fosse um sorriso fraco ou talvez forçado, por que
Alysson... Nem tudo como a gente quer, e sim como precisamos.
Aquelas
palavras perfuraram o meu coração, com se fosse uma espada... Então, eu
precisava perder quem eu realmente amava para que eu percebesse o quanto eu
estava errada e precisava transformar meus erros em coisas certas, era isso o
que sempre faltou a mim, tomar a atitude certa.
***
- Obrigada
Niall, obrigada por tudo... – Digo enquanto o apertava cada vez mais.
- Foi
uma honra garota sonhadora, e, nunca se esqueça que eu sempre, sempre, sempre e
sempre, vou estar aqui, mentalmente ou fisicamente, para ajudar no que der e
vier.
- Eu sei
que sempre estará – Sorrio fracamente, - Meu anjo da guarda. – Digo enquanto
ele depositava um beijo na minha testa.
- Adeus
Alysson, se cuide... Enquanto eu estiver fora. – Aquelas palavras entram pelos
meus ouvidos, mas elas não são compreendidas de forma qualquer, fora? Ele não
me disse que iria embora.
- Fora?
– Pergunto confusa, enquanto caminhava pela varanda, vendo-o se afastar.
- Sim,
fora... – Ele diz. – Mas eu estarei com você. – Ele diz, sorrindo, eu sorrio de
volta. – Sempre sorria Alysson, assim eu nunca te deixaria sozinha.
Sem
perceber, um sorriso se abre, Niall desaparece dentro de seu carro, enquanto eu
voltava a casa, vendo como tudo era vazio o silencioso.
As suas
palavras realmente me tocaram, e nem que seja a única coisa que eu faça, eu
preciso consertar as coisas.
Subo as
escadas desesperadamente, visto alguma roupa um tanto decente, para que eu
pudesse sair, coloco uma calça jeans desbotada, uma sapatilha, uma camiseta
escura e um cardigan por cima, pego meu celular, deposito o mesmo dentro do meu
bolso, empurro a porta do quarto, enquanto descia as escadas, piso as
sapatilhas ao chão do andar de baixo, observando algo brilhar sobre a mesinha
de centro, eu me aproximo, pisco algumas vezes, era uma corrente, com um
bilhete escrito, tateio o bilhete enquanto me pus a lê-lo.
“Fique
com isso, é como mérito por ter me ajudado a ser melhor, você sabe do que eu
estou dizendo Alysson, agora você deve saber quem eu sou...”
“Niall Horan, mais chamado de seu Anjo da Guarda...”
A
estrutura da corrente tinha certos pontos que brilhavam mais que outros, e o
pingente que se pendurava era uma estrela, uma estrela de tamanha média, ela
parecia ter uma abertura, com umas das mãos segurava o pingente, e a outra,
fazia-o abrir, facilmente ele abre.
Dentro
da estrela era possível colocar duas fotos, olhos ao meu colo, onde uma
corrente de coração se encontrava caída entre meus seios, eu abro o coração
tirando de dentro duas fotos, uma delas era meus pais, muito antes do divórcio,
e a outra era uma foto de Louis, Niall e eu, na festa de natal do ano
retrasado.
Eu
suspiro profundamente enquanto me direcionava até a porta, tendo em mente tudo
o que eu tinha que fazer e dizer, todas aquelas coisas ruins agora iram ser
consertadas, tudo que um dia foi errado e angustia dor, hoje se tornará bom, e
tecnicamente correto.
***
- Mamãe?
– pergunto enquanto adentrava seu apartamento, usando a chave reserva que ela
sempre deixava debaixo do carpete, o apartamento estava silencioso, a maioria
das luzes estavam apagadas, e a luz fraca da varanda estava acessa, antes mesmo
de estar lá, eu tinha certeza de que ela estava lá, pois, a maioria das vezes
que eu vinha aqui, ela se encontrava, tragando alguns cigarros na varanda,
minha mãe não é fumante, mas ela costumava fumar quando mais nova, e às vezes
quando seu estava emocional não se encontra estável, ela gosta de tragar
alguns, mas eu ainda não entendi o porquê, fumar não é uma das melhores coisas
para se fazer não se encontra muito bem...
E o que
eu posso dizer sobre ela? Esses dias as únicas coisas que tenho feito foram:
*Chorar.
*Dormir.
*Chorar
novamente.
*Lamentar-me
de qualquer coisa ruim, além de sua morte.
- Mamãe?
– Pergunto novamente enquanto encostava minhas mãos no para-peito da varanda.
-
Alysson? – Ela pergunta. – O que veio fazer aqui? – Ela pergunta, tentando
esconder o cigarro entrelaçado em seus dedos, porém, a fumaça continuara a
sair.
- Mãe,
não precisa esconder. – Digo olhando-a nos olhos.
- Me
desculpe, eu não consegui evitar. – Ela se desculpa, jogando o cigarro fora.
- Tudo
bem – Digo acariciando minha mão esquerda sobre seu braço. –, Mãe, eu preciso
conversar com você, é uma coisa importante.
- Sobre
o que? – Ela pergunta.
- É
sobre tudo... – Abaixo minha cabeça.
- Tudo o
que? Alysson, aonde quer chegar?
- Mamãe,
fica calma?
- Tudo
bem. – Sua visão se volta ao horizonte.
- Então,
hoje Niall veio lá em casa depois que você saiu. E nós conversamos sobre
algumas coisas.
- Sim,
vá direto ao ponto, querida. – Ela responde já me observando novamente.
- Então
mamãe, se lembra de quando você e o papai se... Separam? – Pergunto.
- Como
não esquecer... Mas por que você pergunta isso?
- Enfim
mamãe, eu sei que tudo o que aconteceu com vocês foi culpa minha, eu era
ignorante, eu não ligava para o que diziam a mim, e aqui estou eu, deprimida e
acabada, por que meu noivo morreu! Mamãe, eu nunca irei esquecer-me do dia em
que eu mandei vocês dois calarem a boca, pois eu não agüentava mais ouvir as
suas vozes, ou então, quando você ficou grávida do Gregory, e eu disse que...
Disse que... – Um nó se forma na minha garganta, eu não conseguia mais pronunciar
uma palavra sequer, apenas deixei as lágrimas formadas anteriormente, no qual
eu não as deixei cair, agora elas deixam meu rosto cada vez mais molhado com
lágrimas de remorso. Mamãe me abraça enquanto me apertava fortemente. – E eu
disse que “Pra que mais um filho sendo que não dão atenção a um que vocês já
têm”. Mamãe, eu sinto muito, eu nunca quis que vocês dois separassem, pelo
contrário, eu só queria ser normal, eu queria uma família normal, e eu só
consegui descobrir a quanto errada eu fui quando Deus tirou Louis de mim... –
Finalizo meu discurso, intercalando soluços e fungos.
-
Alysson, acalme-se – Ela diz. –, Nada disso foi culpa sua meu amor...
- É
claro que foi! Se eu não fizesse isso, vocês ainda estariam juntos e... Você
poderia ter cuidado dele antes que...
-
Alysson, seu pai e eu nos separamos por que... Ele... Ele havia me traído com
Jade. Nunca foi culpa sua, e nunca será, acreditávamos que era só uma fase, e
você ficaria melhor...
- Me
desculpe mamãe, me desculpe... – Nos soltamos, enquanto eu enxugava minhas
lágrimas.
- Está
tudo bem – Ela diz. –, Quer ficar para o jantar? – Ela pergunta enquanto eu
fungava.
- Não
mamãe, eu ainda tenho duas coisas a fazer. – Recuso o seu convite enquanto me
direcionava até a porta.
- O que
mais tem que fazer?
- Eu te
explico mais tarde, agora eu preciso ir.
Ela
assentiu silenciosamente.
- Eu te
amo ok – Digo. –, Amo muito.
- Eu
também...
Em
poucos segundos eu já adentrei ao carro, me direcionando lugar onde ele estava,
ou melhor, dizendo onde os dois estavam.
***
O carro
estava estacionado na Rua 45, esquina com a Avenida, pouco movimentada, eu
ainda não entendi por que a chamam de avenida se poucos carros passam por ela,
talvez, este lugar não trouxesse lembranças muito boas.
Caminho
lentamente em direção a entrada, sentindo calafrios, só lembrar a última vez
que pisei neste local.
O céu
estava escuro, rodeado de nuvens de chuva, eu deveria apresar-me, pois se
demorasse, chegaria a casa, ensopada. O portão estava entreaberto, eu empurro o
mesmo, enquanto o mesmo rangia, dou alguns passos, caminhando entre as lápides,
procurando pela do meu pai, no qual eu não me lembrava muito bem onde se
encontrava. A única coisa que eu me lembrava era que ficava no final do último
corredor, então eu caminho até lá sem demora.
Vários
nomes iam passando, Jonathan, John, Lisa, Elizabeth, Isabel... Paul... E por
fim Carter.
Fico
admirando sua lapide enquanto pensando em algo que eu posso lhe dizer.
- Papai?
– Pergunto me aproximando, ajoelhando sobre a grama. – Você está ai? Bom, por
mais que não esteja escutando o que eu quero te dizer eu... Eu sei que demorei
muito a vir aqui, eu sei que pode ser tarde demais, mas... Eu quero consertar
as coisas, e o único meio é dizendo perdão, perdão pelas minhas faltas, perdão
por não te ouvir... – Alguns minutos de silêncio deixam o meu cérebro pensar, e
então eu prossigo depois de alguns segundos. – Pai, eu te amo... E é uma pena
que... – Alguém me interrompe.
Eu me
viro no mesmo momento, meu rosto tem uma feição que no qual não tenho certeza se
era normal, eu estava apavorada, Louis estava morto, e eu ainda não entendi o porquê
disso acontecer.
- Pena
que percebeu isso só agora, Alysson.
-
Louis?! – Eu pergunto, querendo saber como, e por que ele estava ali, não era
real, deveria ser mais uns dos meus pesadelos, porém quando ele disse que
aquilo era real, eu caio por mim mesma, Niall é meu anjo guardião, Louis se
transformou em um, e o mínimo que eu posso fazer, é acreditar, acreditar que
tudo o que estou vendo é a mais pura realidade.
- Alysson,
eu sei que pra você isso pode ser impossível, mais é se você crer. Eu te amo
Alysson, e quero que siga sua vida, e como se eu fosse apenas uma lembrança.
- Você
não pode ser lembrado como uma lembrança! Louis você era meu noivo, como posso
te esquecer assim! – Quando me dou conta, eu deveria mesmo ter enlouquecido, a
sua imagem na minha cabeça era tão perfeita que eu não consegui vê-lo partir, e
foi então que eu percebi que era apenas um simples pesadelo.
-
Alysson, o que é isso? – Ele pergunta.
- Estou
tentando acordar do meu pesadelo.
- Acha
que sou um pesadelo?
- Você
está morto! – Sinto que ele toca em meus braços. – Não me toca.
-
Alysson, viu o que acaba de fazer? – Ele torna o ruma da conversa muito
distante do que era antes.
- O que?
- Estava
pedindo perdão a seu pai.
- E o
que isso tem a ver com você estar aqui?
- Tudo
Alysson, eu só quero te mostrar que não é preciso perder alguém para que possa
entender o
verdadeiro sentido de amar.
Eu fico
sem palavras.
- Pode
acordar de seu pesadelo Alysson, porém, torne as coisas diferentes. – Eu sinto
algo me puxando, porém que não queria ir embora dali era Louis e por mais que
ele estivesse morto eu queria tê-lo por perto, do meu lado, e dizendo o quanto
me ama.
O sol
bate conta meus olhos, estava de manhã, e eu acabo me lembrando automaticamente
de que eu havia sonhado, reparo bem, eram seus olhos que estava sobre os meus,
era Louis, no momento eu tive nenhuma reação, apenas ficar observando seus
olhos.
-
Pessoas como você merecem uma nova chance, Alysson.
- O que?
- Você
conseguiu reverter tudo, agora você esta comigo, e não a nada que nos separe...
Eu te amo, garota sonhadora.
- Eu...
Eu... Te amo também, eu te amo muito... – Digo.
E foi
assim que eu percebi que eu anjo havia me tocado, e por causa dele, tudo agora é
perfeito, lindo e maravilhoso, por que eu consegui me perdoar, e agora eu
percebi que consigo transformar a dor em esperança...
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Enfim, é isso bebes! Espero que gostem, foi feito de coração *--*
Comentem o que acharam! Beijinhos da Mandi :)
Mt Pft <3
ResponderExcluirObgd bb!
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