terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Your Guardian Angel - 1° Temporada - Capítulo 20 - Me Domar

Anteriormente: "Parecíamos, mas as aparências enganam. E também parecia ser o fim da linha. Droga."

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Ele me observa, como se estivesse estudando minhas expressões, por um segundo pensei que ele estivesse ficado mudo, mas então ele diz.

- Vai. – Empurra meu corpo para fora daquele local com seu corpo bem atrás de mim.

Enquanto saímos dali, percebo uma sombra atrás de todas aquelas árvores altas, Harry provavelmente percebeu isso também, demos a volta para que se o homem ainda estivesse ali, não poderia nos ver passando por ali.

Mas quando terminamos a volta, aquele plano nos pareceu simplesmente inútil.

Aquele homem estava intacto, estava parado, com um sorriso estúpido em seus lábios e naquele momento tudo pareceu um pouco fora do que é real, meu primeiro impulso foi correr, mas eu poderia correr para onde? Exatamente nenhum lugar, pois eu nunca havia estado alia antes, droga, o que foi que eu tinha em minha cabeça quando entrei aqui? Merda, só poderia ser.

- Só segue em frente. – Harry diz, correndo logo atrás de mim, lendo meus pensamentos.

Sigo sua única instrução, sentindo leves tapas em meu rosto de algumas folhas que estava em meu caminho, eu queimava de calor, aquele era um dia quente, e nada bom para se correr, por um instante parecíamos ter despistado aquele homem, pois nós paramos de correr e na havia nenhum sinal dele, mas Harry não perdeu tempo em nos tirar dali.

Com Harry em minha frente, pareceu muito mais fácil de sair dali, tanto é que chegamos a calçada de uma rua que eu não consigo identificar em instantes.

Meu coração estava acelerado, e eu precisava me recompor, conseguindo por fim respirar sem alguma dificuldade. Eu sento no meio fio, aguardando meu corpo se reajustar, Harry faz o mesmo, prendo os meus cabelos que estavam soltos, fazendo minha nuca suar, era refrescante sentir aquela brisa, depois de tanto correr.

- Mas que merda você estava fazendo? – Harry pergunta, tirando minha atenção de qualquer outra coisa a ser concentrada em sua pergunta, e quão boa ela é pelo simples fato de eu não saber uma clara resposta.

- Eu queria um lugar pra pensar. – Foi à resposta mais compreensiva que eu havia encontrado.

- Seu quarto não poderia ser um lugar mais seguro pra poder pensar? – Ele pergunta, como se fosse obvio, me fazendo sentir uma estúpida por completo.

- Você quer parar de me interrogar? Por que diabos você estava me seguindo? – Eu pergunto furiosa com o jeito que ele me deixava irritada.

- Não responda as minhas perguntas, com novas perguntas, Amber. – Ele diz sarcástico. – Alguma coisa me dizia que você ia fazer alguma besteira, então eu fui.

- Hum... – Digo baixo, olhando para o chão.

- Não vai nem agradecer, por que salvo a sua vida? – Harry pergunta, eu o encaro com sorriso falso.

- Agradecer por ter salvado a minha vida? Você não salvou a minha vida.

- Não? – Ele pergunta sem soar como sarcasmo. – E se aquele homem a tivesse matado, ou sei lá.

- Obrigada, Harry! – Explodo. – Se é isso que tanto quer ouvir.

- Na verdade eu gostaria de ouvir outra coisa. – Ele diz para si mesmo, mas eu consigo o ouvir sem o mínimo esforço. Eu finjo que não o escutei.

- Você pode me levar para casa? – Pergunto.

Ele assente sem dizer mais nenhuma palavra, e foi assim, completamente silencioso, todo o caminho de volta.

~*~

Quando finalmente chegamos, o sol estava se pondo, Harry se despediu de mim com um simples sorriso e um aceno, ele havia mudado de humor repentinamente, e eu estranhei, por mais que não o conhecesse a muito tempo.

Adentro minha casa, nenhum carro estava na garagem, e ninguém na casa, eu estava sozinha novamente.

Subo para o quarto e tomo uma ducha rápida, troco minha roupa, coloco uma blusa leve e um short, passei duas horas tentando estudar biologia, já que as provas bimestrais se iniciariam no final da próxima semana, quando termino, guardo meus livros e meu caderno, e fico exatamente fazendo nada.

Desço para a cozinha, procurando algo para comer, enquanto ocupava meu tempo, por fim não achei uma boa opção de comida, já que Mary nunca fazia as compras nessa casa, e quando fazia, trazia coisas que apenas ela gostava, como doces sem açucares, (o que eu acho um absurdo), sucos enlatados (que ela dizia ser saudáveis, só que eram a mesma coisa que meus refrigerantes), e etc...

Evaporo da cozinha, ligo a televisão, e por uns segundos fico passando de canal em canal, e nada ali havia chamado minha atenção. Desligo o televisor, enquanto ouço o barulho de batidas na porta.

Meu corpo desliza até a porta da frente, destranco-a e giro a maçaneta, encarando o rosto de Stefan, no momento em que ele estava prestes a dizer algo, eu empurro a porta, tentando bloquear qualquer tentativa sua me dizer algo a mim, mas ele pôs seu pé entre a porta e o portal, fazendo com que a porta não pudesse se fechada.

- O que você quer Stefan? – Indago com meu corpo colado a porta.

- Eu quero falar com você. – Ele diz sério, por um impulso eu paro de bloquear sua passagem com 
meu peso, então ele entra.

- O que quer dizer? – Pergunto a ele, esperando uma resposta que seja clara.

- Olha, Amber, eu sei que te magoei por ter batido em Harry, mas aquilo foi um impulso, eu não consigo controlar, é como se eu soubesse que ele estava prestes a fazer uma coisa que não iria me agradar.

- Mas ele não iria. – Eu rebato, lembrando-me que nos dois havíamos feito coisas que Stefan odiaria saber.

- Eu disso que senti que iria. – Ele diz, calando-me por completo. – Você me perdoa Amber? – Ele parecia estar falando serio, por mais que eu sentisse que ele brincava comigo o tempo todo.

- Stefan... – Eu sussurro, ele me observa. – O que você fez é imperdoável. – Ele se aproxima de mim, enquanto eu falava. – Eu não deveria perdoar você, afinal você bateu no meu irmão. – Digo secamente.

- Então quer dizer que irá me perdoar? – Ele pergunta, como se sua vida dependesse de minha resposta.

- Irei. – Digo baixo, querendo nem eu mesma escutar minha resposta.

Ele estava próximo de mim, próximo demais para conseguir me beijar, e foi exatamente o que ele fez.
Ele me beijou, e foi então que eu percebo o quão diferente seus beijos eram dos de Harry, ele não me dava emoção, mas Harry conseguia mais do que isso.


Ele conseguia me domar com apenas seu olhar, e apenas agora eu consegui perceber isso.




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Oi! Tudo bem?

Desculpem a demora de meio século, não era a minha intenção, a internet não cooperou, enfim, espero que tenham gostado...

Comentem ai em baixo o que acharam tá?

Beijinhos da Mandi... <3

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